MAIO 2009
"Abaporu"
Tarsila do Amaral
(1928)
Museu de Arte Latinoamericano (MALBA)
Buenos Aires, Argentina

“"Eu invento tudo na minha pintura. E o que eu vi ou senti, eu estilizo."
Tarsila do Amaral

(Capivari/SP, 1o de setembro de 1886 - São Paulo/SP, 17 de janeiro de 1973)

Abaporu (do tupi-guarani aba e poru, "homem que come") é um quadro em óleo sobre tela da pintora brasileira Tarsila do Amaral, pintado em 1928 como presente de aniversário do escritor Oswald de Andrade, seu marido na época.

Hoje ela é a tela brasileira mais valorizada no mundo, tendo alcançado o valor de US$ 1,5 milhão, pago pelo colecionador argentino Eduardo Costantini em 1995.

Tarsila de Amaral valorizou o trabalho braçal (corpo grande) e desvalorizou o trabalho mental (cabeça pequena) na obra, pois era o trabalho braçal que tinha maior importância na época.

A composição - um homem, o Sol e um cacto - inspirou Oswald de Andrade a escrever o Manifesto Antropófago e criar o Movimento Antropofágico, que tinha a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro.

 

Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo.Estudou no Colégio Sion, e completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou com seus 16 anos de idade seu primeiro quadro denominado "Sagrado Coração de Jesus". Em 1906, casou-se com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Começou a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Em 1920, embarcou para a Europa com o objetivo de Ingressar na Académie Julian, em Paris. Frequentou também o atelier de Émile Renard.

Em 1922, teve uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressou ao Brasil e se integrou com os intelectuais do grupo modernista, integrando o "grupo dos cinco" juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade.

Em 1923, Tarsila volta à Europa e começa a ter contato com os modernistas: Albert Gleizes, Fernand Léger e Blaise Cendrars, que visita o Brasil no ano de 1924. Foi também no mesmo ano que Tarsila se casou com Oswald de Andrade. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos "Diários Associados". Tarsila do Amaral falece em São Paulo no dia 17 de Janeiro de 1973.

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